Os implantes hormonais estão cada vez mais presentes no dia a dia dos médicos e pacientes. Eles são pequenos cilindros colocados abaixo da pele (no subcutâneo) que contém uma certa quantidade de hormônio que será liberada lentamente ao longo de vários meses. Isso traz uma grande comodidade, pois o paciente não precisa ficar tomando ou passando na pele o hormônio diariamente, garantindo uma adesão completa ao tratamento e assim maior efetividade da reposição hormonal.

Um outro ponto importante relacionado aos implantes hormonais é que eles evitam a contaminação de crianças, idosos, cônjuge ou animais de estimação com esses hormônios, pois a outra via para reposição hormonal seria na forma de géis transdérmicos, que são passados na pele e o contato dessa pele com outros indivíduos pelo abraço ou toque pode transmitir o hormônio de um para o outro e acontecer complicações como puberdade precoce em crianças cujos pais usam hormônios em géis.

Atualmente temos 2 formas de implantes hormonais disponíveis no Brasil: os bioabsorvíveis e os não-absorvíveis ou silásticos.
Os não-absorvíveis ou silásticos são finos tubos de silicone, flexíveis, micro perfurados que contém o hormônio em seu interior e que quando colocados sob a pele, vão liberando lentamente esse hormônio pelos seus micro poros e conseguem ter uma duração mais longa, em média de 1 ano. Esse pequeno tubo silástico não é absorvido e o ideal é que o tubo vazio seja retirado no ato da renovação por um novo, apesar de que, se ele ficar indefinidamente no corpo, não causa nenhum problema.

Essa retirada pode ser um pouco difícil, pois muitas vezes o tubo adere ao subcutâneo e gera fibrose, sendo um procedimento geralmente doloroso e que pode deixar deformidades na pele devido a fibroses.

Os implantes bioabsorvíveis são mais recentes no Brasil do que os silásticos. São como se fossem um comprimido em formato de cilindro que ao ser implantado no subcutâneo vai se dissolvendo lentamente e sendo completamente absorvido até que nada restará dele. Eles têm portanto a imensa vantagem de que não precisam de retirada, mas a “desvantagem” de que têm uma duração menor, em média de 6 meses. Essa “desvantagem” merece aspas, pois em muitas situações a duração mais curta pode ser uma vantagem, pois o ser humano é muito dinâmico e a dose hormonal que você precisa hoje pode já ser diferente da que você precisará daqui há 6 meses. Esse fato é importante principalmente para as pessoas que nunca usaram implantes hormonais, pois a duração mais curta será interessante para sentir como o paciente vai reagir à dose aplicada e assim já poder ajustar a dose 6 meses depois. Nos implantes não-absorvíveis esse ajuste só aconteceria 1 ano depois, o que é muito tempo.

Em nossa clínica estamos trabalhando com os implantes bioabsorvíveis.